Técnica da Ninidrina

Nessa técnica é utilizada uma solução de 0,5 g de ninidrina com 30 mL de etanol, onde a solução é pulverizada sobre o material – o mais indicado é o material poroso. É necessário que se borrife a uma distância da superfície do material, esperando a evaporação da solução e pulverizando novamente e quantas vezes forem necessárias.

O desenho da impressão é destacado na coloração roxa – resultado da reação da ninidrina com o aminoácido presente nas glândulas sudoríparas, que compõe a impressão digital.

Resultado de imagem para ninidrina
Reação do aminoácido com a ninidrina.

O desenho da impressão digital só aparecerá quando a superfície estiver totalmente seca. Para acelerar esse processo, basta colocar a superfície analisada num forno.

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Impressão digital identificada com ninidrina.

Referências: PEREIRA, C. B. C. A Utilização da Química Forense na Investigação Criminal. Fundação Educacional do Município de Assis – FEMA, Assis, 2010.

Técnica do Vapor de Iodo

Vapor de Iodo

Muito utilizada em superfícies metálicas e porosas. Antigamente, funcionava colocando o material num saco plástico com cristais de iodo, agitando para que ocorresse a liberação de calor e consequente sublimação dos cristais – o iodo tem a característica de sublimação, por isso com o calor ele passa do estado sólido para o gasoso – as impressões quando em contato com o vapor do iodo, adquiriam uma coloração marrom amarelada.

O vapor de iodo dissolve-se na gordura tornando visível a IPL – o iodo é bastante solúvel em óleos e gorduras. O que acontece é que o vapor de iodo reage com os ácidos graxos presentes na gordura – glândulas sebáceas são compostas por ácidos graxos, glicerídeos, hidrocarbonetos e alcoóis -. Na verdade, ocorre uma reação de halogenação, onde o iodo quebra as ligações duplas do ácido graxo e se liga ao carbono.

Com os avanços da química, atualmente, é possível encontrar um kit para a vaporização direta do iodo, não sendo mais preciso o procedimento do saco plástico.

Impressão digital identificada pela técnica do vapor de iodo.

Referências: PEREIRA, C. B. C. A Utilização da Química Forense na Investigação Criminal. Fundação Educacional do Município de Assis – FEMA, Assis, 2010.

Técnica do Pó

IPL identificada a partir da técnica do pó

É a técnica mais utilizada pelos peritos. São feitas em impressões recentes, de até 48 horas, onde a água e a gordura presentes na IPL ainda estão em uma quantidade considerável. Só são eficientes em superfícies lisas como vidro, metal, plástico e madeira envernizada ou tratada, e em superfícies porosas como, papel, papelão e madeira sem tratamento.

A técnica consiste na utilização de um pincel macio para a aplicação de um pó fino, escolhido pelo perito, sobre a superfície a ser analisada, então esse pó adere à gordura que está presente na IPL por forças de van der waals e ligações de hidrogênio formando as impressões latentes.

Existem vários tipos de pó específicos para esse fim, dentre eles, óxido de ferro, dióxido de manganês, negro-de-fumo, óxido de titânio, e carbonato de chumbo. A principal diferença entre eles é a cor, sendo o óxido de ferro, dióxido de manganês e o negro-de-fumo com uma cor escura e, os de coloração mais clara o carbonato de chumbo e óxido de titânio.

Da esquerda para a direita: dióxido de manganês e óxido de titânio.

Referências: PEREIRA, C. B. C. A Utilização da Química Forense na Investigação Criminal. Fundação Educacional do Município de Assis – FEMA, Assis, 2010.